A CVA – Comissão Vitivinícola do Algarve recebeu, durante os
dias 4, 5 e 6 de outubro, a visita de três jornalistas e críticos de vinho,
representando as conceituadas organizações Circle of Wine Writers (UK), Society
of Wine Educators (EUA) e Vins & Vignobles (Canadá). Apesar de conhecerem
alguns vinhos e regiões do país, foi a primeira vez que se deslocaram ao
Algarve e mostraram-se satisfeitos e surpreendidos com a recente recuperação do
setor vinícola na região e com a qualidade geral apresentada.
A visita compreendeu um tour guiado pela CVA por vários
produtores, cabendo a cada adega a seleção dos vinhos e a informação técnica
prestada sobre os mesmos. A CVA iniciou o tour com uma apresentação geral do
setor, da produção e dos produtores certificados existentes na região. Os
locais selecionados foram a Quinta da Tôr (Loulé), Quinta do Francês (Silves),
Convento do Paraíso (Silves) e Quinta dos Vales (Lagoa), terminando o percurso com
uma prova alargada de outros produtores no restaurante/garrafeira Veneza em
Paderne, onde se deu a provar um dos vinhos monocasta tinto de Negra Mole, a
casta mais típica do Algarve e única (com capacidade produtiva) no país e no
Mundo.
A par desta visita dos jornalistas especializados à região,
os Vinhos do Algarve deram-se a conhecer através de um stand de provas no
certame Vinipax - integrado no evento Rural Beja - que decorreu em Beja, de 5 a
8 de outubro, e no qual foi possível provar algumas novidades como o Clarete e
o Palhete, ambos do recente projeto Morgado do Quintão. Estes dois vinhos
procuram recuperar os conceitos antigos dos Claretes – vinhos ligeiros na cor e
álcool e leves no paladar – e os Palhetes – ainda mais ligeiros e que
resultavam da curtimenta de uvas brancas e tintas, originando um vinho mais
aberto e de cor rosada, designados por Palhetes.
Para o presidente da CVA, Carlos Gracias, “a participação na
Vinipax faz parte da estratégia de divulgação dos Vinhos do Algarve, sobretudo
num certame tão próximo da região e com tradição na presença de importantes
regiões e produtores nacionais e cada vez mais também internacionais”. O dirigente
referiu, contudo, algum desalento por este ano não haver a habitual competição
de vinhos, “pois sempre seria mais uma oportunidade de afirmação da crescente
qualidade dos Vinhos do Algarve, submetidos à prova cega dos especialistas
internacionais”.
Um dos produtores algarvios a visitar o stand foi Luís
Cabrita, da Quinta da Malaca, que considerou muito relevante a presença de um
stand de divulgação dos Vinhos do Algarve em Beja. “Para além da promoção junto
de uma importante região consumidora como o Alentejo, são muitas as pessoas de
fora que se deslocam à Vinipax para conhecer os vinhos e é ótimo o Algarve cá
estar representado”, sublinhou, acrescentando que a vindima nos seus terrenos correu
bastante bem. “A uva apresentou-se muito sadia, pelo que se antevê uma produção
de excelente qualidade para 2017”, salientou. “A quantidade será maior nos
brancos, devido ao aumento da área de vinha em três hectares para as castas
Crato Branco e Sauvignon Blanc para satisfazer a procura de vinhos frescos na
região”.
A promoção dos Vinhos do Algarve continua a sua ação fora de
portas, de 20 a 22 de outubro, no Mercado de Vinhos do Campo Pequeno, em
Lisboa, também com stand próprio.
Fotos: Vico Ughetto/CVA
Fotos: Vico Ughetto/CVA