O Festival de Observação de Aves & Atividades de Natureza teve, na sua oitava edição, cerca de 2150 participantes, mais mil do que no ano transato. Foram cinco dias repletos de atividades dedicadas à natureza, realizadas em vários pontos de Sagres, nomeadamente o Cabo de São Vicente, o Forte do Beliche, a Fortaleza de Sagres e a Cabranosa.
Bateram-se também novos recordes como o número de nacionalidades presentes no festival, com 39, mais 10 do que em 2016. Para além dos países europeus, destacaram-se proveniências como Guiana, Nova Zelândia, China, Filipinas, Colômbia e México. Das 250 atividades do programa, algumas merecem destaque por terem sido uma inovação e pela excelente adesão dos participantes, como foi o caso das viagens de comboio onde foi contada a história de Sagres, os workshops de música, o observatório móvel, os momentos musicais e aves de madeira distribuídas pelos parceiros e escolas para serem decoradas.


Este ano foram observadas 157 espécies, um número que ainda pode sofrer alterações, e oito delas são consideradas raridades, como a águia-da-pomerânia, o alfaneque e o alcatraz-pardo. O sucesso de mais uma edição deste festival deveu-se também, em grande parte, aos voluntários e parceiros que colaboraram nesta iniciativa, seja na parte das atividades ou na atribuição de descontos à organização e/ou participantes. A iniciativa da Câmara Municipal de Vila do Bispo tem como copromotores a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves e a Almargem.
Entre finais de agosto e início de novembro, centenas de aves, rumam para África para «fugir» do Inverno europeu. Devido à sua localização geográfica, Sagres torna-se, por esta altura, um local privilegiado para se assistir à migração de aves. Centenas de observadores de aves procuram, por isso, a Península de Sagres para usufruir deste espetáculo da Natureza. Durante estes meses, os céus de Sagres têm, quase todos os dias, surpresas, desde espécies planadoras, passeriformes ou mesmo aves marinhas, algumas raras outras mais comuns. E muitas das aves que chegam a Sagres são juvenis ou imaturas e estão a migrar pela primeira vez.