No mês de outubro, a Beta Talk Portimão terá uma edição
especial em que convida mestres cervejeiros algarvios a partilharem os seus
percursos empreendedores e como abraçaram a criação de marcas de cervejas
artesanais no Algarve, bem como a apresentarem as várias «loiras» algarvias que
desfilam com sucesso por diversos festivais locais e nacionais de cerveja e que
prometem continuar a dar que falar. A «Beer Talk» acontece no dia 16 de
outubro, a partir das 19h, no espaço do restaurante Faina, no Museu de Portimão.
André Gonçalves é cofundador da cerveja «Marafada». Nasceu
no Algarve e tem formação em Arquitetura Paisagista. Trabalhar num escritório oito
horas por dia seria impensável para si e sempre se imaginou como um pequeno
produtor de algum produto especial que promovesse o Algarve. Produziu azeite
mas nunca colocou no mercado e fez também algumas experiências com agricultura
bio. Começou a provar cerveja artesanal em 2011, quando estudava em Lisboa, mas
nessa altura nunca imaginava vir a produzir cerveja.
Com o passar do tempo, o seu gosto por cerveja artesanal foi aumentando, descobriu cada vez mais cervejas até que, em 2013, começou a produzir cerveja para consumo próprio sem pensar ainda na venda. No início de 2015, a «Marafada» chegou aos primeiros clientes, um projeto tornado realidade com o apoio da «Quinta dos Avós», que cedeu o espaço para a fábrica, e da sua família e do Rubem Pires.
Com o passar do tempo, o seu gosto por cerveja artesanal foi aumentando, descobriu cada vez mais cervejas até que, em 2013, começou a produzir cerveja para consumo próprio sem pensar ainda na venda. No início de 2015, a «Marafada» chegou aos primeiros clientes, um projeto tornado realidade com o apoio da «Quinta dos Avós», que cedeu o espaço para a fábrica, e da sua família e do Rubem Pires.
Pedro Alves é cofundador da cerveja «Moça». Veio de Celorico
de Basto para o Algarve para estudar Engenharia Mecânica na Universidade do
Algarve e acabou por se apaixonar pela região. Começou por trabalhar na área da
climatização e das energias renováveis por conta de outrem e, posteriormente,
no seu próprio negócio. A crise na construção levou-o a procurar alternativas e
a restauração e o turismo, de que era apenas apreciador, passaram a ser novas
áreas de investimento. Apostou em Faro e no Porto, mas rapidamente percebeu que
negócios à distância não funcionavam.
A paixão pela região levou-o também a uma grande paixão por
uma algarvia com quem havia de partilhar a sua nova aposta - a criação do
restaurante/ pastelaria / mercearia «Vila Adentro». Aproveitando a localização
e potencialidade do espaço na zona histórica de Faro, e entusiasmado com o que
o havia visto em Lisboa e na Alemanha, decidiu apostar na cerveja artesanal. Colaborar
na organização do primeiro «Alameda Beer Fest» de Faro foi o passo seguinte,
dando a conhecer diversas marcas de cervejas. A partir daí e, aproveitando os
recursos do Portugal 2020, a ligação histórica à cidade e o gosto pelo negócio
da cerveja artesanal, criaram a «Moça», uma cerveja leve, fresca, com
ingredientes algarvios e com uma produção modular que lhes permite adaptar à
procura.
Tiago Caldeira é o mestre cervejeiro que criou a cerveja «Abaladiça».
Foi em Lisboa, a sua cidade natal, que cresceu, estudou e completou uma
licenciatura em Filosofia. Acabado o curso, seguiram-se uns tempos de indecisão
em que foi barman, dj, day trader (transacionando títulos nos mercados
americanos), antes de começar uma carreira como redator publicitário. A crise,
que levou a que fosse dispensado, e o amor por uma louletana, trouxeram-no para
o Algarve.
Já no sul de Portugal, ensaiou a entrada no mundo da
culinária, interrompida por uma viagem a Amesterdão que o inspirou a lançar-se
na produção de cerveja caseira. Um par de anos e umas quantas experiências
depois decidiu fazer da cerveja profissão. Em 2016, fez um estágio na
cervejeira «Refsvindinge», na Dinamarca e, em julho de 2017, lançou a «Abaladiça».
Ivânia Lourenço e Sebastião Afonso são o casal que fez
nascer a cerveja «Moura». Ivânia é técnica superior de análises clínicas e
Sebastião Afonso tem formação e experiência de 27 anos na área da restauração.
A ideia de produzir uma cerveja única no mercado surgiu em 2013, com a
descoberta de um curso de fabrico de cerveja no Porto, que os levou a procurar
saber mais, a se instruírem e a procurar inspiração na cultura local.
Em 2014 surgia a «Moura® artesanal de alfarroba, cerveja de
encantar», fabricada em Tavira, de onde são naturais. Depois do sucesso
alcançado com a primeira cerveja, seguiu-se outra inovadora, sem nunca
abandonarem o amor que os liga aos produtos da região, a «Sabra», que na sua
génese tem um fruto pouco conhecido, o figo de pita. Atualmente a produção é
toda consumida localmente e em alguns pontos do Algarve, mas faz parte dos planos
reforçar a distribuição, não só na região, como no resto do país e, quem sabe,
tentar a internacionalização.