Foram cerca de 15 mil os visitantes que não faltaram ao dia
inaugural de mais um Festival da Sardinha de Portimão, com a recriação do «alar
da rede» ao som do «Arribalé» e o concerto de Áurea a encherem por completo a
zona ribeirinha da cidade. As noites quentes convidam, de facto, a um passeio
junto ao Rio Arade, com os atrativos extra da famosa sardinha assada e da boa
música, que prosseguiu, nos dias seguinte, com Reflet e Átoa e que, no
fim-de-semana, estará a cargo de Cuca Roseta e de João Só.
O festival é, há largos anos, um dos principais
cartões-de-visita do município de Portimão e homenageia as raízes da sociedade
local, ligada intimamente à pesca e à indústria conserveira. Prova disso foi a
encenação do «alar da rede», no dia 2 de agosto, com a participação do Grupo
Coral de Portimão e da Orquestra de Acordeões da Academia de Música de Lagos,
que uniram as vozes aos instrumentos num momento muito especial que enriqueceu
ainda mais este emblemático evento, cuja inauguração teve com convidados
especiais a Ministra do Mar Ana Paula Vitorino e o Ministro-Adjunto Eduardo
Cabrita.
No espaço da Antiga Lota realizou-se uma demonstração ao
vivo de preparação de algumas artes piscatórias locais, como o remendar
das redes de uma traineira ou o «safar» e «iscar» os aparelhos de pesca
artesanal de Alvor, e foram exibidos alguns filmes sobre a pesca em Portimão. Do
lado de fora, fazia-se sentir o característico aroma da sardinha assada, nos
pontos de venda da sardinha no pão e nos oito restaurantes oficiais (À Ravessa,
Casa Bica, Dona Barca, Forte e Feio, O Meco, Ú Venâncio, Retiro do Peixe Assado
e Zizá) que voltaram a demonstrar a qualidade da sardinha que se come em
Portimão.
Para além da sardinhada e de outros petiscos, o artesanato
também tem uma presença forte no Festival da Sardinha, havendo igualmente stands
dedicados à doçaria e a outros produtos regionais. E a animação musical é uma
constante ao longo de todos os dias do certame, numa iniciativa a cargo da Junta
de Freguesia de Portimão que levou ao palco do Coreto artistas como Teresa
Viola, Escola de Fado BEACP, Sephirah e Fonte Nova. “Este evento vem, não só
alavancar a economia local, como manter viva uma tradição de Portimão. O que
nos diferencia do resto da Europa e de outros países são as nossas tradições,
como é o caso da sardinha assada”, considerou Isilda Gomes, enquanto visitava
os vários stands espalhados pelo recinto.
Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina
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